20 de Maio de 2025 às 17:30
Caixa
Em atividades realizadas nas agências e prédios de departamentos da Caixa Econômica Federal em todo o país, as empregadas e os empregados do banco já se mobilizam e protestaram contra as movimentações da empresa, que trabalha para aplicar novos aumentos nas mensalidades do Saúde Caixa, o plano fechado de assistência médica dos trabalhadores do banco público.
“Como os relatórios produzidos pela gestão de Carlos Vieira preveem aumentos nas mensalidades do plano, nos adiantamos ao início das negociações para deixar bem claro para a Caixa que os empregados não suportam mais aumentos nos valores que pagam pelo plano de saúde” explicou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.
O coordenador da CEE/Caixa ressaltou que, diante da permanência do teto para gastos do banco com a saúde dos empregados, presente no estatuto da instituição, e o constante aumento dos custos médicos, a tendência é de que, nas negociações deste ano, a Caixa proponha reajustes nas mensalidades. “Hoje já pagamos um valor bem acima dos 30% definidos em nosso acordo como sendo a parte que caberia aos empregados. Por isso, já reivindicamos reajuste zero nas mensalidades e insistimos na necessidade do fim do teto, uma vez que a própria CGPAR 52 permite que o banco pague até 70% dos custos do plano de saúde, que é exatamente o que a gente reivindica e o que define o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) do Saúde Caixa”, disse.
Para o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Leonardo Quadros, que coordena a representação dos empregados no Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, as atividades desta terça-feira foram importantes para mostrar que os empregados estão mobilizados e atentos em relação ao futuro do plano de saúde. “A preocupação é com a sustentabilidade do plano, que pode ser gravemente comprometida se a Caixa não assumir sua responsabilidade de arcar com a proporção contributiva de 70% das despesas. Atualmente, o banco congelou sua participação no custeio, e quer empurrar integralmente aos empregados todo aumento nas despesas do plano. Na prática, a gestão Carlos Vieira tornará a permanência no plano financeiramente insustentável a todos, caso aplique, como projeta, a cobrança por faixas etárias, começando pelos empregados com mais idade, mas alcançando, em curto espaço de tempo, todos os demais”, explicou.
Leonardo observa que, além da sustentabilidade, também existe a preocupação em relação à qualidade do plano. “O Saúde Caixa já não está suprindo as necessidades dos empregados em muitas situações, por conta da piora no atendimento e na redução da rede credenciada. É necessário que a direção da empresa esteja realmente disposta a ouvir os empregados, e adote alternativas para melhoria da qualidade do plano”, disse.
“Cobraremos diariamente a direção do banco para que tenhamos um plano financeiramente viável e de qualidade. As mobilizações nos dias 20 de cada mês mostrarão ao Carlos Vieira que os empregados estão juntos na defesa do plano”, completou.
Leonardo informou que o GT Saúde Caixa, que é composto por representantes do banco e dos trabalhadores, se reúne na tarde desta quarta-feira (21). “Os representantes da direção devem apresentar o relatório de administração, que já é público, e a pesquisa de satisfação, que foi realizada há algum tempo. Cobraremos novamente o acesso aos dados primários do plano, para que nossa consultoria possa realizar um trabalho detalhado de avaliação do Saúde Caixa”, disse.
Por: Contraf
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