1 de Dezembro de 2025 às 14:31

Diretores do SEEBCG-MS relatam na Câmara adoecimento e luto de bancários do BB

Audiência Pública

Nesta segunda-feira (1º), foi realizada na Câmara dos Deputados uma audiência pública sobre a precarização das condições de trabalho no Banco do Brasil. O objetivo foi discutir, principalmente, os impactos das reestruturações, com o fechamento de agências, a redução do número de funcionários e o aumento das metas, sobre a saúde dos bancários e das bancárias.

Os diretores do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região e bancários do BB, Luciana Rodrigues e Álvaro Marzochi, participaram da audiência e levaram os relatos da situação vivida pela categoria em Mato Grosso do Sul.

 

Álvaro Marzochi abordou os impactos da pressão institucional sobre a saúde dos bancários do banco público. Ele mencionou a morte recente de dois colegas em Mato Grosso do Sul, um deles de infarto, o que acendeu um alerta sobre a intensidade da cobrança de metas.

“Não posso ser leviano de ligar isso diretamente ao banco, mas o ocorrido acendeu um alerta muito grande na nossa base. Isso diz respeito à forma como tem sido feita a condução das metas e o nível da cobrança. Existem situações em que o funcionário não atende às expectativas e é mandado de volta para o interior. E um desses colegas que faleceu agora, por exemplo, havia voltado para o interior há apenas dois meses. Por isso, ficamos preocupados em como essa cobrança, até de forma informal, impacta a saúde mental dos nossos bancários”, destacou Álvaro.

O dirigente sindical destacou também que o estresse contínuo tem levado a uma perigosa normalização da saúde mental na categoria, onde o uso de medicamentos psiquiátricos se tornou comum, e criticou ainda a superficialidade dos exames médicos periódicos.

Luciana Rodrigues, diretora da Secretaria de Mulheres do Sindicato, fez um apelo urgente sobre a deterioração da saúde dos trabalhadores do Banco do Brasil. Ela enfatizou que os bancários estão com medo e buscam o sindicato de forma anônima, implorando por ajuda devido à intensa cobrança no ambiente de trabalho.

“Venho aqui pedir para nossa Presidenta do BB que cuide dos funcionários, porque a categoria está adoecida e é muito triste tudo isso. A cobrança é muito intensa e as pessoas têm medo. É uma gestão de medo. Precisamos de uma gestão mais humanitária, acolhendo os funcionários em vez de submetê-los a tamanha precarização”, clamou Luciana.

A diretora ainda chamou a atenção para o impacto negativo das reestruturações, especialmente para as mães de pessoas com deficiência (PCDs), reiterando que a pressão e a cobrança excessiva criam um clima de medo generalizado dentro da instituição.

O presidente da Fetec-CUT Centro-Norte, Rodrigo Britto, corroborou as denúncias, atribuindo o cenário de medo e sobrecarga a uma mudança profunda na atuação do BB na última década.

“O banco priorizou praticamente todos os esforços para atender os interesses dos investidores privados, os interesses do mercado, em detrimento do papel social do banco. E dessa forma, adotou também um modelo de gestão, com a consultoria de 2019, que é o modelo do Banco Itaú, potencializando o individualismo em detrimento da coletividade e fazendo com que o adoecimento para nós, funcionários e funcionárias do Banco do Brasil, aumentasse”, concluiu Rodrigo.

Por: Comunicação do SEEBCG-MS


 

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