25 de Maio de 2016 às 09:59

Palestrante fala das mudanças tecnológicas e institucionais nos bancos e os impactos na categoria bancária

57 anos

Martins e Santos Comunicação

Regina fez um breve relato das oscilações que esses trabalhadores passaram ao longo dos anos

Na noite de comemoração dos 57 anos do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, foi realizada uma palestra com a economista do Diesse na Subseção da Contraf-CUT, a doutora em Ciência Política Regina Coeli Moreira Camargos.

Com o tema “Bancários: uma categoria em mudança constante”, Regina fez um breve relato das oscilações que esses trabalhadores passaram ao longo dos anos, começando no final da década de 80 do século passado. “Essa categoria está em permanente mudança. Nos anos 80, a movimentação era somente de dinheiro e cheque na economia, sendo necessário a intervenção de vários trabalhadores num único processo, já que as tarefas eram manuais. Se uma tarefa parava, as outra cessavam na sequencia, até o banco parar”, comentou.

Mas essa realidade mudou bruscamente na década de 90, quando os bancos mudam o foco de negócio e de atendimento de cliente. É também nesta época, a introdução de novas tecnologias e a terceirização, o que acarreta a demissão de 600 mil bancários. “Nesta época, tem a introdução do cartão magnético e dos terminais de caixa automatizados, mudando radicalmente o processo de trabalho nas agências bancárias”, conta Regina.

Só que nos primeiros 10 anos da década atual, os bancos também estão mudando institucionalmente. Com a instalação dos correspondentes bancários, os clientes que vão às agências bancárias são aqueles que querem fazer negócio, aplicação, empréstimo ou compra. “Com isso, os bancários agora são muito mais consultores e vendedores, por isso, o perfil desse trabalhador está mudando. A maioria é mulher e tem maior nível de escolaridade – 15% são doutores”, disse Regina.

Por outro lado, está aumentando o nível de adoecimento desse trabalhador. Uma pesquisa entre 2009 e 2013 revela que 25% das causas de afastamento dos bancários são por doenças psíquicas, como síndrome de burn out, depressão, síndrome do pânico, entre outros.

Desde 2013, os bancários estão enfrentando a 4ª onda de revolução tecnológica, com as operações bancárias através dos aplicativos dos celulares. Hoje, mais de 50% dos clientes usam os celulares para fazer transações bancárias – apenas 32% usam as agências.

“Agora, com transações de moeda virtual na internet podemos estar no início de outra onda de revolução. Pode ser uma nova reestruturação dos bancos e que pode impactar novamente nos bancários. Sem falar da Medida Provisória que cria o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e que pode fatiar a Caixa Econômica e o Banco do Brasil”, encerrou a economista.

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