1 de Julho de 2015 às 13:17

Bancários do HSBC de toda a América Latina se unem em defesa do emprego

Global da UNI Américas

Seeb Curitiba

Seeb Curitiba

A defesa pelo emprego dos trabalhadores do HSBC no Brasil ultrapassou fronteiras. Os trabalhadores de diversos países da América Latina, onde o banco atua, realizaram nesta terça-feira (30) ato Global da UNI Américas.

Os participantes da 17ª Reunião do Comitê Executivo Regional de UNI Américas, em Bueno Aires, também protestaram. A direção da UNI deliberou por uma passeata, que saiu da sede da Associação Bancária até a agência central matriz do HSBC argentina. No local, os dirigentes realizaram um ato de protesto contra a postura do banco no Brasil.

Para Sérgio Siqueira, diretor da Contra-CUT, o ato é mais uma mostra da força dos trabalhadores unidos. "A mobilização tomou proporções mundiais. Todos já sabem como o banco opera e de como isso afeta os trabalhadores. Nosso ato é para conscientizar as pessoas e também o poder público" enfatiza.

No Brasil, as manifestações se espalharam por diversas cidades. Em Curitiba, o sindicato marcou presença em cinco agências. Munidos de faixas e panfletos, os dirigentes sindicais alertam a população e também a classe da necessidade de apoiar esta causa, pois, caso o HSBC venda suas operações para um dos três maiores bancos privados do Brasil (Itaú, Bradesco e Santander), tanto os trabalhadores quanto a cidade de Curitiba iriam sair perdendo. A cidade deixaria de arrecadar mais de R$ 80 milhões de Impostos Sobre Serviços (ISS) por ano e os bancários estariam com o emprego em risco, uma vez que poderia ocorrer demissões em massa.

Já os dirigentes do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf JF) distribuíram um jornal sobre a mobilização em defesa dos funcionários do banco inglês. Em Campinas, o Sindicato também distribuiu o material pela Contraf-CUT para a Jornada Internacional de Luta.

Na Baixada Fluminense, dirigentes sindicais percorreram as agências do HSBC para explicar as ações em defesa do emprego. "Temos de nos unir para pressionar o banco a respeitar nossas leis. Eles não podem sair do País deixando um grande rastro de desemprego", afirmou a representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, Renata Soeiro.

Siqueira lembrou que a Reunião desta terça-feira com o presidente do Cade foi bastante produtiva e nesta quarta-feira haverá um encontro com o presidente do Banco Central. "A possibilidade de irmos a Londres com representantes do governo também está sendo estudada. Não vamos desistir na proteção do emprego desses mais de 20 mil trabalhadores. Número que chega próximo a 100 mil se contarmos os empregos indiretos e as famílias dos bancários."

Fonte: Contraf-CUT

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